Livros #18 - Suicidas

Título: Suicidas
Editora: Benvirá
Autor: Raphael Montes
Número de páginas: 488
Sinopse: Um porão, nove jovens e uma Magnum 608. O que poderia ter levado universitários da elite carioca – e aparentemente sem problemas – a participarem de uma roleta-russa? Um ano depois do trágico evento, que terminou de forma violenta e bizarramente misteriosa, uma nova pista, até então mantida em segredo pela polícia, ilumina o nebuloso caso. Sob o comando da delegada Diana Guimarães, as mães desses jovens são reunidas para tentar entender o que realmente aconteceu, e os motivos que levaram seus filhos a cometerem suicídio. Por meio da leitura das anotações feitas por um dos suicidas durante o fatídico episódio, as mães são submersas no turbilhão de momentos que culminaram na morte dos seus filhos. A reunião se dá em clima de tensão absoluta, verdades são ditas sem a falsa piedade das máscaras sociais e, sorrateiramente, algo muito maior começa a se revelar.



Hey, pessoas! Sou a nova colunista do blog, podem me chamar de Gabby, e hoje estou aqui para falar de um livro maravilhoso. Suicidas é o primeiro romance do escritor brasileiro Raphael Montes, sendo que este foi publicado pela "Séria Negra'' do selo Benvirá, que visa a publicação de romances policiais de qualidade e inclui escritores nacionais e internacionais.

Suicidas nos conta a história de nove jovens da alta classe carioca que decidiram jogar roleta-russa. O livro é dividido basicamente em três partes: as anotações pessoais de Alessandro Parentoni (um dos suicidas), o livro que o mesmo escreveu durante a roleta-russa e o conteúdo de uma gravação eita pela delegada Diana Guimarães um ano após as mortes para esclarecer os acontecimentos com as mães dos jovens, já que tudo terminou de uma forma mais do que estranha.

Com um ritmo acelerado Raphael Montes fez deste um livro simplesmente viciante em que encontra-se personagens extremamente humanos, com os quais qualquer um pode se identificar e assim tornado-os fascinantes. Como o Alessandro, que é nosso protagonista: a maior parte do livro é narrado por ele e assim encontramos uma personalidade muito cínica, muito crítica e muito racional (não tem como não gostar dele) em um garoto que cursa faculdade de direito e sonha em ser escritor.

Nesse momento, elevei meus pensamentos aos céus, agradecendo a Deus por morar no Brasil. Só num país como este você é liberado carregando drogas e cerveja porque deu quatrocentas pratas para o PM. Isso, sim, é paraíso!

Zak, o melhor amigo de Alessandro, é o perfeito playboy que nunca teve realmente um problema na vida até a misteriosa morte de seus pais, Getúlio e Maria Clara Vasconcellos, uma semana antes do suicídio grupal. Os outros sete jovens que participam do "jogo" que se desenrola no porão de Cyrille's House (casa de campo da família Vasconcellos) são Waléria, Ritinha, Noel, Lucas, Maria João, Otto e Danilo. Cada um deles têm o seu motivo para estar ali e ao passar de cada página vemos estes motivos se construindo.

Estou aqui, disposto a morrer por isso. Por minha loucura. Por minha louca paixão pela escrita, pelo entretenimento que a literatura pode proporcionar. Estou aqui por você, leitor.

Tenho que colocar destaque no meu ódio eterno pela personagem Olívia, mãe de Noel. Nunca vi mãe mais fria perante a morte de um filho. Não sei se ela usava isso como uma defesa por todo o sofrimento que estava passando mesmo um ano após a tragédia, mas há certas coisas que não tem perdão e o comportamento dela... Bem, eu a odiei.

Uma leitura muito acima das expectativas, Suicidas se transformou em um dos meus livros favoritos facilmente. Um enredo que é construído página por página, cheio de tensão e cenas de tirar o fôlego. Tratando de assuntos como o homossexualismo, a gravidez e doenças mentais Raphael conseguiu criar uma verdadeira obra com um final mais do que arrebatador que te deixa com gostinho de quero mais. Recomendadíssimo para qualquer um que goste de um bom livro policial e de suspense, você não vai conseguir parar de ler até chegar a última página.

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