Filmes #42 - A Culpa é das Estrelas

Título: A Culpa é das Estrelas
Título Original: The Fault In Our Stars
Gênero: Romance, Drama
Direção: Josh Boone
Elenco: Shailene Woodley, Ansel Elgort, Nat Wolff
Sinopse: Diagnosticada com câncer, a adolescente Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley) se mantém viva graças a uma droga experimental. Após passar anos lutando com a doença, ela é forçada pelos pais a participar de um grupo de apoio cristão. Lá, conhece Augustus Waters (Ansel Elgort), um rapaz que também sofre com câncer. Os dois possuem visões muito diferentes de suas doenças: Hazel preocupa-se apenas com a dor que poderá causar aos outros, já Augustus sonha em deixar a sua própria marca no mundo. Apesar das diferenças, eles se apaixonam. Juntos, atravessam os principais conflitos da adolescência e do primeiro amor, enquanto lutam para se manter otimistas e fortes um para o outro.

A adaptação de um dos livros que mais mexeram com as mentes dos leitores foi um filme incrivelmente fiel não só aos acontecimentos e à história como também aos personagens que fizeram de A Culpa é das Estrelas um livro tão adorado por seus fãs.

Hazel Grace teve sua vida completamente alterada pelo câncer e em razão disso a vida de seus pais também e isso a afeta de várias maneiras não só em sua personalidade e desejos, mas também em suas ações e é o que se pode observar durante todo o filme, pelo menos até o momento em que ela conhece Augustus Waters. Gus é um garoto que já teve câncer e em decorrência do mesmo acabou por perder uma perna, tem  uma personalidade mais do que positiva para com a vida e que vive com um cigarro na boca como uma interessante metáfora.


A partir de então o público acompanha uma doce e um tanto quanto inocente história de amor que mais do que qualquer outra ficou marcado em cada um dos personagens envolvidos e também de cada um que conseguiu de qualquer forma se identificar com Hazel ou Gus em suas particularidades. O filme A Culpa é das Estrelas quase conseguiu emocionar o mesmo tanto que o livro de John Green e para aqueles que leram sabem que isso não é pouco.

Alguns aspectos do filme merecem certo destaque como, por exemplo, os cenários que ficaram simplesmente incrivelmente fiéis ao o que era descrito no livro, principalmente o cenário da igreja do grupo de apoio e do restaurante, que merecem toda uma atenção especial.

Os pais da Hazel também foram uma grata surpresa durante o filme, principalmente a sua mãe; Laura Dern fez  um trabalho maravilhoso ao dar à sua personagem um ar tão natural, um pouco brincalhão e tão mãe. Assim como Nat Wolff deu vida à um Isaac único e muito especial que necessitou de apoio e deu apoio durante todo o filme. Outro personagem que foi um prazer de se assistir foi o mais que contraditório, Peter Van Houten, interpretado brilhantemente Willem Dafoe. Van Houten é a pessoa que Hazel mais admira, afinal ele escreveu o maravilhoso Uma Aflição Imperial e é a partir deste livro que ela tenta achar as respostar para o seu futuro e o futuro daqueles que ela ama, mas ela com certeza não esperava que ele fosse um desastre como ser humano, o que só faz com que a participação concreta e abstrata de Peter no enredo mais maravilhosa de se assistir e acompanhar.

Como não poderia deixar de ser, Shailene e Ansel são quem realmente merecem um destaque mais do que especial. Woodley conseguiu interpretar uma Hazel maravilhosa e tão conectada com todas as emoções e conflitos que a personagem apresenta que tornou fácil às pessoas se colocarem no lugar dela durante o longa e se emocionar verdadeiramente com cada acontecimento, seja este alegre ou triste. Sua atuação tornou a empatia algo natural e não uma emoção forçada ou apelativa.

Não diferente, Elgort ultrapassou todas as expectativas de como seria sua performance como Gus. Ele realmente deu vida a seu personagem completamente, de forma que todas as características tao importantes para se entender e amar o personagem estava presente em cada frase, gesto ou olhar do mesmo. Mais do que conseguir lidar com o papel, ele arrasou e conseguiu fazer com que fosse um deleite vê-lo no filme.

A trama, durante todo o seu desenrolar, apresenta um clima e fluxo próprios. É uma história de amor e é desta forma que ela é contada e, apesar de toda a carga que há pelos traumas de cada personagem, é recheada de uma leveza própria com a medida certa de drama para afetar o público. E é este drama, que mostra-se principalmente no final, que deixa o filme com um sabor agridoce maravilhoso de se sentir e com um gostinho de quero mais ao se terminar a linda história de Hazel e Gus.

Trailer